terça-feira, março 29, 2005

lavar

...Senti-me também muito só e a sesta não foi pacífica; a habitual taquicardia não me deixou descansar; saí do sofá; olhei o tempo; ventava e chovia em força; preciso de lavar a minha alma, pensei!... Vesti umas roupas grandes e umas calças grossas; peguei no pequeno guarda-chuva e enfrentei-a vinda de sul; rumei, em passos fortes e grandes bem como apressados, para norte com a chuva batendo-me nas costas e o vento me empurrando; caminhei assim uns 15 minutos e parei abrigando-me e descansando o peito que arfava; o descanso foi o suficiente para virar rumo ao sul e enfrentar de frente a chuva e o vento forte; o guarda-chuva pouco adiantava; rumei de novo em passo mais lento mas na mesma apressado; a chuva me batendo de frente e o vento me sabendo bem; percorri o mesmo caminho em sentido contrário e penso que 20 minutos chegaram; aqui cheguei; despi-me e senti-me lavado; com uma toalha grossa me limpei e nova roupa vesti; sentei-me agora aqui de alma lavada e sentindo um saboroso calor me percorrer o corpo; há dias cinzentos que sabem bem. É só saber dar-lhes a volta!

3 comentários:

Mitsou disse...

E mainada! :)**

musalia disse...

querido quim! saudades de te ler e ouvir :)
nada como uma passeata para aclarar as ideias e revigorar o pensamento. mesmo com chuva a fustigar-nos.
beijos grandes.

Anónimo disse...

Mais uma vez estou de acordo com a Mitsou - é só encontrar forma de dar a volta aos dias cinzentos:)