"...nem sempre as acções completam as palavras ou vice-versa... por vezes, ficam-se por si mesmas e são suficientes; outras vezes, não... por vezes, pensamos ter dito tudo o que havia para dizer mas depois agimos de outra forma e lembramo-nos que ficou algo por fazer ou até mesmo somente por dizer... e, nessas alturas, perguntamos a nós mesmos onde falhámos ou por que razão falhámos e surge a culpa, o sentimento de culpa por termos falhado, por não termos dito ou por não termos estado... acontece na vida, a todo o momento, sem darmos por isso; atarefados que estamos com nós mesmos, esquecemo-nos que podemos, sem querer, ferir os outros... então, ferimos os outros não por voluntariedade mas sim por leviandade... e, muitas vezes, quase sempre, bastava estarmos atentos... esquecemo-nos de olhar, de ouvir, de sentir e só nos preocupamos com o nosso ser e estar... é preciso, pois, vivenciar em comunhão e estarmos atentos a tudo o que nos rodeia; agir dando uma mão ou uma palavra; agir escutando e dando um sorriso; dizer o que queremos e dizer o que temos para dar... ser e estar em conjunto com nós mesmos e com todos num só ser e estar...e para isso só há uma forma para lá chegarmos: amar..."