"... preciso regressar à infância, ao silêncio, à distância... preciso regressar ao início como quem precisa de começar de novo... preciso regressar ao som da lembrança onde a minha mente se senta e descansa... preciso parar um pouco e largar esta tremenda ânsia de viver... deixar-me ficar, não ir, ser apenas e ouvir... o marulhar das ondas e o nevoeiro trazido pelo vento norte que varre a areia para sul e com ela leva a minha alma, lavada, límpida, calma... preciso regressar à minha paz, sentir-me liberto, atento e aberto a tudo o que o destino me traz... vou partir por uns tempos à procura de mim: voltarei quando me encontrar..."
terça-feira, setembro 27, 2005
segunda-feira, setembro 26, 2005
outra vez
segunda-feira?... Chiça!... De que é que me valeu ter passado o fim de semana de papo para o ar a tratar do bronze?... Perdi aquele pardal espertinho; tão bem que me teria sabido um pardalito no churrasco!... Bem, mas também não se pode ter tudo... E, olhem lá, já agora: alguém vos mandou acordar-me?...
domingo, setembro 25, 2005
sorte
a minha este fim de semana o Kiko ter passado o tempo todo de barriga pró ar a bronzear-se; que alívio o meu, chiça!...
sexta-feira, setembro 23, 2005
quinta-feira, setembro 22, 2005
equinócio do Outono
"...hoje começa uma nova estação, a do Outono... o cair da folha não significa a morte nem o fim... o cair da folha sobre a terra seca irá apodrecer com as primeiras chuvas e dessa forma fertilizar a terra-mãe que, assim adubada, fará crescer mais uma vez, as novas folhas que na próxima Primavera nos anunciarão um novo ciclo... na vida, tudo é assim... tudo é uma mudança, um contínuo crescer... um estar... um desejo de viver..."
quarta-feira, setembro 21, 2005
sentimentos
"...hoje não ía postar... sentia frio... e havia névoas... por outro lado não tinha inspiração e as musas não me estavam a ajudar... mas há sempre um mas e, por vezes, por razões que a própria razão não compreende mas que não deixa de ser uma razão, o óbvio surgiu e uma necessidade de paz veio pairar sobre mim... e bastou apenas uma verdade, por mais dolorosa que ela possa parecer ser ou mesmo até ser, para que essa paz surgisse através da razão... e, com amor e por amor, entendi que uma rosa branca foi, é e será sempre um sinal de pacificação..."
terça-feira, setembro 20, 2005
determinismo
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"...tentei, com a minha mão quente, dar-lhe um sopro de vida mas ele já estava prisioneiro da morte... fez, assim, a sua última viagem... deve ter sonhado que a morte era uma mão quente a abraçá-lo com amor..."
segunda-feira, setembro 19, 2005
esconderijo
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"...na incerteza de um amor naufragado... nas mansas águas do teu rio revolto... em densas brumas de vontades ... ousei olhar a minha alma como dona da minha certeza... na efémera busca da eterna beleza... no olhar terno de teus lábios... ou no beijar ardente de teus olhos... deleitado na ânsia da posse... emparedei-me dentro do meu próprio ser... ousei usá-lo como armadura contra o meu medo... contra o medo desmedido de te perder... mas imbuído de todas as forças... descobri-me perto do teu corpo... e me lancei completo e sem cansaço... nos teus braços abertos ao abraço... que tanto busco como o meu único porto..."
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(photo from CurtisNeeley.com)
domingo, setembro 18, 2005
pensamento
"...a imagem não é minha mas também não sei de onde ou de quem é... porém, espelha bem aquilo que às vezes eu penso sobre a inteligência animal... aquilo que eu vejo no meu Black ou no meu Kiko e esta foto faz-me lembrar aquela frase: "One penny for your thoughts"..."
sábado, setembro 17, 2005
destino
"...e se essa noite tiver de chegar, olharei o céu e contarei as estrelas... no meio de todas elas, uma será minha: o meu destino!... abraçar-me-ei a mim mesmo num derradeiro abraço e olharei a minha nudez... vestirei o frio da noite como de uma túnica se tratasse e respirarei a sombra do luar... olharei à minha volta numa última busca de mim e direi adeus à minha paz... partirei nas asas do sonho que foi meu e deixar-me-ei vogar na certeza da chegada ao meu destino... se essa noite tiver de chegar, sei que nessa noite amarei uma última vez..."
sexta-feira, setembro 16, 2005
insano
"...não sei ser loucura mas hei-de tentar rir quando todos esperarem que chore... tentar chorar quando todos esperarem que ria feliz... tentar pasmar com as coisas mais simples... tentar galgar tudo o que seja mais complexo... e principalmente, nascer no tempo de morrer...!
quinta-feira, setembro 15, 2005
permite
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"...imaginar-te apenas que num qualquer momento do dia de hoje eu te dou um abraço com ternura…"
quarta-feira, setembro 14, 2005
flutuar
"...há alturas na vida em que penso na hipótese de poder voar... tal como nos meus sonhos tão belos e recorrentes... sensação tão suave e deliciosa porque tão real; a realidade que o sonho nos dá e nos proporciona vivenciar algo que nunca vivemos... há uma sensação de levitação na vertical e o meu corpo sobe; depois, paira sobre tudo o que me rodeia; segue-se um voltear sobre mim mesmo e então deitado de bruços e de braços abertos o meu corpo plana sobre as ruas, as árvores, os campos, os terraços... lentamente, sem nunca ter havido algo de diferente nesses meus sonhos, o corpo volta à terra na mesma posição vertical em que iniciou a levitação... é algo incomparável pois não conheço coisa que se lhe assemelhe... hoje, esta noite, não tive nenhum desses sonhos mas ao olhar para esta minha rosa, lembrei-me do seu aroma, do leve cheiro que se evola no ar, no mesmo ar em que eu às vezes me sinto a flutuar..."
terça-feira, setembro 13, 2005
postar
“…não escrevo para ti nem para mim, nem para vós nem para quem quer que seja… escrevo para uma cor branca onde vejo estas letras serem desenhadas… não espero o que quer que seja delas nem tão pouco anseio pelo fim da própria escrita… são apenas os dedos que batem aqui e ali ou acolá, nestas teclas pretas que sinto vibrarem dentro de mim, sim, as teclas é que vibram dentro de mim porque elas representam palavras, sentimentos para sentir, gritos para silenciar, silêncios para gritar, lágrimas para secar ou mesmo sorrisos para brilhar nos lábios de quem escreve ou de quem lê… não espero nada de quem as vê… um pálido correr da visão pelas letras que formam esta mera ilusão de escrever quando não se sabe o que dizer… mas são palavras que estavam dentro de mim… já não estão… já não são minhas… são meras letras espalhadas pelo ecrã deste monitor… letras de prazer mas também de dor… o dilema, sempre o dilema do escritor…”
segunda-feira, setembro 12, 2005
requiem
"...quando eu morrer, enterrem-me sob um campo de rosas... deixem que meu corpo se desfaça no aroma que elas exalam... deixem que meu espírito se misture nas cores que sempre me encantaram, num doce bailar de êxtase e delírio... deixem que sinta a certeza da doçura e da leveza da textura fazer parte do meu último ser e estar neste pedaço... que a sua sombra me embale na viagem para junto das estrelas... enterrem-me sob um campo de rosas, sejam elas brancas, douradas, vermelhas ou cor de rosas... deixem-me sentir a beleza uma última vez..."
sábado, setembro 10, 2005
jantar do Murcon
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"...este era o centro da mesa durante o evento realizado hoje e que ficou conhecido pelo jantar do murcon já que o mesmo surgiu da vontade dos participantes do blog pertença do Prof. Júlio Machado Vaz; porém, foram as pessoas que lá estiveram, as tais pessoas bonitas (como eu lhes costumo chamar) que iluminaram o encontro e deram ao mesmo aquilo a que já nos começámos a habituar, o sentido da pura e simples amizade que vai para além deste tremendo mundo virtual... a minha gratidão pessoal a todos por me terem feito sentir parte do todo..."
sexta-feira, setembro 09, 2005
quinta-feira, setembro 08, 2005
quarta-feira, setembro 07, 2005
domingo, setembro 04, 2005
ouro
...quase ou mesmo nada possuo... porém, quase sempre, o meu oeste me brinda com beleza e isso me basta... é isso que hoje vos posso oferecer: o meu dourado fim de tarde...
sábado, setembro 03, 2005
emoções
"...Com tanta impulsividade, tanta forma diferente de se ser e de se estar... onde está, afinal, o que nos atrai numa pessoa?... Onde estão os "doces" que julgámos ver?... Onde está a ternura?... O gesto?... A fala?... O carinho?... Ficamos a pensar que nos podemos enganar... Serão assim tão diferentes?... Terão apenas essas formas de se ser e de se estar quando o objecto é outro que não nós mesmos?... Ser-se digno de um amor não é mesurável nem previsivel... Porque o amor constrói-se momento a momento e de uma forma muito simples: encontrando as formas diferentes de se ser e de se estar como desafios a vencer e, etapa a etapa, ir aceitando essa mesma diferença... e, os enganos, não existem mas mesmo que eles possam ser reais, aprende-se a dissipar a neblina e procura-se ver para além dela o que ela mesma esconde... e, às vezes, o segredo está num simples sorriso..."
sexta-feira, setembro 02, 2005
quinta-feira, setembro 01, 2005
planar
"...acordei nas asas dos teus sonhos e mirei-me nas águas tranquilas do teu mar... senti-me afagado pela ternura dos teus olhos e deixei-me planar no aroma do teu beijo... voei forte do meu norte para o teu colo e sorri vendo teus braços abertos numa espera sedenta de vida... afoguei-me em ti e deixei-me morrer no teu sentir..."
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