quarta-feira, agosto 17, 2005

terra

"...por vezes (em alguns casos, em muitas vezes...) sentimo-nos perdidos no meio do oceano da vida... um mar encapelado com ondas gigantescas e onde não divisamos terra; somente água, água e mais água... caímos no seu seio e (por vezes) sentimo-nos a afogar... vamos retendo a respiração para sentirmos a leveza da água percorrer o corpo enquanto caímos no abismo... mas, sempre no derradeiro momento, os pulmões soltam uma lufada forte e voltamos a sentir o ar, ora frio, ora quente, reentrar nos nossos pulmões... é nesses momentos que divisamos terra, ou o chamado porto seguro... mas, na verdade, nunca sabemos se ele existe ou onde ele está; sabemos apenas que ele está lá à nossa espera... e de uma coisa não temos mesmo a menor dúvida: como desejamos tanto esse pedaço de terra!..."

8 comentários:

Anónimo disse...

Bonita imagem, Quim. Mais uma das tuas "telas" :)

piquica **

Leonor disse...

ola quim. percebo muito bem o que queres dizer. quando apreendo uma tarefa de dois anos mais ou menos, alguma pos graduação ou coisa do genero, eu digo que começo a viagem no mar alto. a metade do caminho o navio começa a navegar para terra. mas ainda so vejo albatrozes e quase no fim ja começo a ver terra, rsssssss. obrigado pela tua visita. foi uma surpresa.adorei os versinhos. abraço da leonor

wind disse...

Bem verdade:) bjs

Tilangtang disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
CLÁUDIA disse...

Pois é. Desejamos e precisamos mesmo desse pedaço de terra.
E tantas vezes esquecemo-nos de ser, também nós, esse porto de abrigo para os outros. De sermos nós o pedaço de terra ao qual se podem agarrar.

Obrigada Lobices por mais um momento de reflexão... ***

Su disse...

gostei, gostei...
tantas vezes sinto-me assim...
mas tantas vezes!!
jocas

Noélia de Santa Rosa disse...

Como eu te entendo meu querido Quim!
Os últimos 4 anos da minha vida foram uma luta contra ondas e marés, mergulhando profundamente a pontos de quase morrer sufocada, mas o tal porto de abrigo, a tal terra firme de que falas, encontrei-a dentro de mim mesma, numa rocha que sempre habitou em mim e da qual eu me tinha esquecido procurar.
Sei que o resto da "navegação" não é fácil, o mar continua encapelado, mas agora que recupero as forças, tenho esta rocha como sustentáculo, alimento e prova de amor incondicional!

Raquel Vasconcelos disse...

O ser humano é curioso... é qd não pode pensar que instintivamente mais deseja a vida...

Beijo